Conto é uma história pequena - Disse o pai a filho que lhe importunava com o dever de casa. Você escreve cinco linhas sobre quase nada e entrega para a professora. Ela vai achar lindo e te dar uma boa nota. E concluiu, professores gostam de alunos que fazem o dever.
O garoto olho para a folha pautada do caderno. Fez pequenos cálculos para saber se iria precisar aumentar sua letra.Apontou o lápis e escreveu:
Meu pai disse que seu eu escrevesse cinco linhas, eu teria um conto. Então eu apontei o lápis fiz uma letra BEM Grande para ocupar muitas linhas e ele deve saber o que diz, quando falou que a professora gosta de alunos que fazem dever de casa. E eu sempre fiz os meus.
Não gostou das cinco linhas preenchidas. Mas já era hora de ir para escola. Não dava mais tempo.
Na sala de aula, olhou para a pilha de folhas, colocou seu conto sobre ela, e rezou para que o pai estivesse mesmo certo.
Uma semana depois, recebeu a folha de volta. Não tinha nota, mas um bilhete com uma letra redondinha:
Nos gostamos que façam suas lições, porque com elas você estará praticando a matéria que vimos nas aulas. Isso não lhe dá o direito de preencher umas linhas com uma letra desproporcional e dizer que é um conto.
Naquele dia, o garoto não foi para casa, sentou no banco duro da biblioteca e leu um tal de livro de contos.
No outro dia, entregou quatro folhas preenchidas, com sua letra em tamanho normal, para professora. Ela, só conseguiu, naquele momento ler o bilhete:
Agora já sei como montar um conto, e não estou lhe entregando isso para melhorar minha nota.Depois da biblioteca, o garoto não parou mais de produzir pequenos contos. Mas nunca os publicou, só consegue escrever e mandar para a antiga professora que sempre os devolve com um bilhete criativo.
Dizem que ele escreve só para receber o bilhete dela. Ele não se pronuncia.
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