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Travessuras da Menina Má


Encontrei esse título em um livro da Marta Medeiros, em uma crônica/crítica em que nos expõe ao imedível amor do personagem principal pela Menina Má. Fiquei paralizada, como diria minha irmã, meu cérebro é muito científico para acertidar nisso, não acreditei que poderia existir um amor assim. Então anotei o  título e o autor para tirar minhas próprias conclusões do romance, ou melhor, para comprovar que minha teoria estava certa: ninguém aceita sofrer tanto assim!.

O livro conta a história de Ricardo Somocur, um peruano tranquilo, que sonha em viver em Paris, e a Menina Má, uma chilenita ousada, que ele conheceu ainda na infancia, no bairro Miraflores, no Peru.

Desde o incío, a vida do Bom Menino é marcada pelo aparecimento e desapareceimento da Menia Má.  Já na infancia, ela desaparece após ser desmascada em uma de suas muitas identidades, deixando o Bom Menino exposto as consequências de um fim repentino de romance.

Mas tarde, já crescido e com o sonho de viver em Paris realizado, a Menina Má volta a sua vida na pele da Camarada Arlete, uma guerrilheira que se alistou no MIR, um grupo revolucionário que desejava dar um golpe de estado semelhante ao de Fidel Castro no Peru. Nessa época, talvez por medo do treinamento, ela propoe casamento ao Bom Menino. Este por sua vez, por medo de perder amigos a deixa partir para Cuba, sonhando com seu retorno e com a promessa de felicidade.

O  tempo passa, niguém tem notícias da Guerrilheira, Ricardo começa a trabalhar como tradutor da UNESCO  e um dia, sem mais nem menos, dá de cara com madame Robert Arnoux, a menina Má em carne e osso. Nova fase de romance recomeça até que mais uma vez, ela desparece. Outra vez, desiludido, Ricardo se entrega ao trabalho, aprende russo e começa a participar de congressos e eventos como interprete. E é por meio de um novo trabalho, que em Londres, ele conhece Mrs. Richardson, a nova identidade da Menina Má, dando sequência a mais uma fase desse perturbado romance.

Outra vez, mergulhado no trabalho para superar a nova perda da Menina Má, Ricardo tem sua rotina interrompida quando recebe de Tóquio uma carta de um amigo post scriptum assinado pela Menina Má. Desconcertado com a novidade, ele move mundos para ir à Toquio. Lá ele econtra Kuriko, uma escrava de uma mafioso japonês, com que ela mantém uma relação mil vezes mais doentia do que a que tem com o Bom Menino. Em Tóquio, depois de ser submetido a uma humilhação sem medidas, Ricardo decide que é hora de esquecer a Menina Má. Volta a Paris, mergulha novamente em trabalho e se empenha para cumprir sua nova decisão. Chega até mesmo a rejeitar chamadas da Menina Má.


Eu estaria feliz da vida se a história parasse por aí, mas eles se reencontram e ainda ancontecem mais travessuras, derrubando toda a minha teoria de que "não exitem amores assim". O Restinho do livro deixo em aberto, para não estragar toda a surpresa. Só digo que vale a muito a pena a leitura. E ela é do tipo que não te deixa desligar o abajur e cair nos braços de Morfeu. Para que está desanimado com tanto romance, o livro também mostra um pouco da Política Perunana e faces de Londres, Paris, Peru e Madri,  durante as décadas de 50 a 90.



Sobre o autor:


Mario Vargas Llosa (1936 - ) Nasceu em Arequipa, Peru. Filho de pais separados, até os dez anos não conheceu seu pai. Suas primeiras experiências literárias foram como precoce repórter de jornais locais, atividade que iniciou ainda nos tempos de colégio. Aos vinte anos foi a Lima estudar Direito e Letras. Já nessa época escrevia ficção, contos que produzia ´com grande insegurança e muito esforço´, disse o autor. Em 1953 Llosa casou-se (com Julia Urquidi) e mudou-se para a Europa. Em 1958 chegou à Espanha com uma bolsa de estudos, mas queria se estabelecer em Paris, o que fez no ano seguinte. Viveu lá seis anos, separou-se da primeira mulher e casou-se em 1965 com uma prima. O casal viveu em Paris, Londres e Barcelona até 1974. Seu primeiro romance foi publicado em 1962. Seguiram-se, entre outros, ´A catedral´ (1969), ´Tia Julia e o escrevinhador´ (1977) e ´Pantaleão e as visitadoras´ (1980). Leitor de Euclides da Cunha, Llosa recontou a história de Canudos em ´A guerra do fim do mundo´ (1983). Como crítico literário, o autor é conhecido principalmente por seus livros sobre Flaubert e Gabriel García Márquez. Em 1990 Llosa foi candidato à presidência do Peru mas, com a derrota, parece ter abandonado a política para se dedicar exclusivamente à literatura, aulas, conferências e jornalismo (artigos no jornal ´El País´). Em 1993 naturalizou-se cidadão espanhol. --por Marcelo Cid

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