Alguém
conhece a Fal lá do Drops?
Se você
ainda não conhece, antes de prosseguir, vá lá no drops e leia só um pouquinho.
Bom? Rui um
pouquinho?
Então, a
Fal também faz litetratura e é sobre um dos livros delas que escrevo hoje:
Sonhei que a neve fervia.
Só pelo
título não dá pra ter nenhuma noção do conteúdo do livro. A história é a
seguinte: O marido dela faleceu em 2007, e o livro mostra como foi o cotidiano
dela durante esse tempo. Triste? Sim, um bocado. Mas a vida é meio triste.
Infelizmente temos que conviver com a tristeza e a Fal escreve para
continuar...
O livro é
composto por um monte de pequenos textos, textos íntimos, profundos, rasos,
leves, cotidianos, um relato no mesmo estilo delicioso “Fal do drops”.Dá para rir, dá para
chorar, mas para rir do que para chorar. Dei boas gargalhadas no trajeto
BH/Lagoa Santa.
Durante a
leitura dá uma vontade de ligar pra Fal, de dizer: “Nós tamus aqui!” Dá também
uma esperança de que amores verdadeiros são reais: um amor, uma cumplicidade,
uma vida a dois cheias de delícias. Dá vontade de ter um amor desses.
E os
relatos dos e-mails? Os picotes de conversas por menssenger? Vê-la cercada de
amigos daquele jeito bate uma vontade de participar daquilo!
Em fim, a
leitura é deliciosa....
Olha uma
amostra genial do que tem no livro:
"Minha
mãe tem um lance esquisito com telefones tocando: ela atende. Meio da refeição,
meio do filme, conversa, aflição pra fazer xixi, nada detém minha mãe ou a
impede de, neuroticamente, tirar aquela porra do gancho e mandar um “Oláááá!”
(sim, ela atende o telefone assim). Não passa pela cabeça dela deixar aquele
treco tocar até derreter. Oh, não, jamais. Ela tem que atender, é mais forte
que ela. Eu? Pufffff. Na grande maioria das vezes, nem sei onde o telefone
está. E não, nem me dou ao trabalho de olhar quem é no visorzim cagueta. Não
quero atender. Quando eu estou ocupada, quando eu não estou ocupada, de noite,
de dia, o fixo, o celular, o dos outros, no meio do trânsito, eu não quero
atender. Nunca, ninguém. Não quero falar no telefone. Não quero falar. Simples
assim"
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