Em busca de um rumo para seu futuro, as livrarias buscam inspiração no passado. Para enfrentar o crescimento dos meios digitais, como as vendas online e o nascente mercado de e-books, as empresas do ramo no Brasil investem para tornar suas lojas um espaço atraente, que ofereça uma experiência impossível de ser reproduzida no ambiente virtual.
A proposta lembra as livrarias das grandes capitais europeias que serviam de ponto de encontro para escritores e amantes da literatura no início do século 20, quando a ideia de comprar livros sem sair de casa não passava de fantasia. A versão contemporânea desse conceito se traduz em lojas aconchegantes — com poltronas e um café, por exemplo —, atendimento especializado e a realização de atividades culturais paralelas, como palestras e oficinas literárias.
— A livraria que ainda se basear só em um grande balcão e estantes vai fechar — sentencia o vice-presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Ednilson Xavier.
O debate sobre o futuro das livrarias enquanto modelo de negócio ganhou força nos últimos dias com o anúncio da concordata da rede norte-americana Borders, fundada em 1971 e considerada a criadora do formato de megalivraria. A derrocada da Borders, uma rede de 650 lojas e 19,5 mil funcionários, colocou em discussão o modelo de grandes lojas e a concorrência dos e-books, que no passado cresceram 164,4% nos Estados Unidos.
No Brasil, o cenário é distinto. As vendas de e-books são tão incipientes que ainda não oficialmente mapeadas, afirma Ednei Procópio, integrante da Comissão do Livro Digital da Câmara Brasileira do Livro e pesquisador do tema. Apenas em 2010, as grandes livrarias passaram a oferecer e-books regularmente em seus sites. Para Procópio, uma das razões para os livros eletrônicos venderem pouco no Brasil é a escassez de títulos em português, cerca de 5 mil. Apenas como comparação, a Barnes & Noble, maior rede de livrarias dos EUA, quando colocou o seu e-reader no mercado, contava com mais de 1 milhão de títulos.
— Além de não termos o mesmo nível tecnológico no Brasil, ainda temos de avançar muito em ampliação de público leitor.
Se algum dia uma livraria fechar no país, não será por causa do e-book — diz Procópio.
Daki: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3222585.xml
A proposta lembra as livrarias das grandes capitais europeias que serviam de ponto de encontro para escritores e amantes da literatura no início do século 20, quando a ideia de comprar livros sem sair de casa não passava de fantasia. A versão contemporânea desse conceito se traduz em lojas aconchegantes — com poltronas e um café, por exemplo —, atendimento especializado e a realização de atividades culturais paralelas, como palestras e oficinas literárias.
— A livraria que ainda se basear só em um grande balcão e estantes vai fechar — sentencia o vice-presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Ednilson Xavier.
O debate sobre o futuro das livrarias enquanto modelo de negócio ganhou força nos últimos dias com o anúncio da concordata da rede norte-americana Borders, fundada em 1971 e considerada a criadora do formato de megalivraria. A derrocada da Borders, uma rede de 650 lojas e 19,5 mil funcionários, colocou em discussão o modelo de grandes lojas e a concorrência dos e-books, que no passado cresceram 164,4% nos Estados Unidos.
No Brasil, o cenário é distinto. As vendas de e-books são tão incipientes que ainda não oficialmente mapeadas, afirma Ednei Procópio, integrante da Comissão do Livro Digital da Câmara Brasileira do Livro e pesquisador do tema. Apenas em 2010, as grandes livrarias passaram a oferecer e-books regularmente em seus sites. Para Procópio, uma das razões para os livros eletrônicos venderem pouco no Brasil é a escassez de títulos em português, cerca de 5 mil. Apenas como comparação, a Barnes & Noble, maior rede de livrarias dos EUA, quando colocou o seu e-reader no mercado, contava com mais de 1 milhão de títulos.
— Além de não termos o mesmo nível tecnológico no Brasil, ainda temos de avançar muito em ampliação de público leitor.
Se algum dia uma livraria fechar no país, não será por causa do e-book — diz Procópio.
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