Quem já comprou seu leitor digital ou anda querendo entrar na onda dos livros digitais, já deve ter pesquisados uns preços e percebido que, talvez não faça toda aquela diferença de grana que foi propagandeada e gritada aos quatro ventos quando eles começaram a se popularizar mundo afora. É, a verdade é que os livros digitais ainda não chegaram a um preço justo nem aqui no Brasil, nem em outros lugares do mundo.
Mas quais são os reais motivos para isso? Bom, há alguns. A Apple e cinco grandes editoras norte-americanas cartelizaram os preços de ebooks. Essa estipulação de preços aconteceu por vários motivos políticos, competitivos e todas essas coisas feias do mundo dos bussiness.
Em uma brincadeira, o escritor Larry Doyle disse que os preços dos ebooks não são menores porque as editoras temem desvalorizar a ideia que as pessoas têm sobre os livros. E a piada até que faz algum sentido, pois um dos motivos para a cartelização dos preços, dizem, foi a venda barata de livros digitais para Kindle, pela Amazon.
Além disso, há fatores na produção desses livros que não há como negar: todos os gastos de diagramação e arte da capa continuam os mesmos das versões impressas, a única diferença é que o livro digital não sai da tela, não tem custo de armazenamento físico e nem de transporte. Só que aí vêm os gastos com programação de softwares antipirataria, trâmites jurídicos, gastos de conversão e revisão… enfim. Acaba que o preço do livro digital não é toda aquela maravilha que você sonhou, não é? Pois é.
Na verdade verdadeira, o preço dos livros impressos e digitais é sim diferente. Segundo uma pesquisa publicada pelo New York Times, o novo formato custa só a metade do preço que um livro tradicional, se somarmos tudo.
No Brasil, o mercado ainda é embrionário. Segundo os donos de grandes editoras, ainda estamos na fase dos investimentos e, se há uma mina de ouro no negócio dos ebooks, nós ainda não conseguimos chegar até ela.
Como foi anunciado há alguns meses, ainda neste ano a Amazon chega ao Brasil. Talvez (vejam bem, TALVEZ!) essa ilustre chegada dê um impulso no mercado e comece a estabilizar os três fatores necessários para que mercado de livros digitais deslanche no país: softwares compatíveis com os leitores digitais disponíveis no nosso mercado (e, especialmente, fáceis de usar!), um aumento significativo do nosso acervo de publicações digitalizadas em português e os preços, tanto dos livros quanto dos leitores eletrônicos.
A esperança é que, com a tecnologia cada vez mais desenvolvida e popular, os preços se popularizem também – já que, como vimos, a produção de um livro digital equivale a 50% da produção de um livro tradicional, monetariamente falando. Resta esperar e torcer para que isso reflita logo nos nossos bolsos.
Fonte: SubTítulo
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