Aquele estagio em que tudo pára foi atingido. As coisas já não são mais controladas por suas vontades, os dias e as noites se emendam como se o sol e a lua fossem somente fontes de luz.
Continuar ainda é necessário, a fileira está na mesa, as mãos ainda tremem, aquele suor frio delas, já evaporou devido ao calor que vem da testa. Febre? Já não tem certeza.
O ponteiro move, aparentemente o único sem preocupação. O
clima pesado, o cheiro do cigarro aceso ainda irritava mais do que seus olhos. Respirar fundo não era a resposta.
Os passos do corredor ficaram mais claros, eles não fazem um circulo, tem uma rota certa, quase sempre morrem perto da escada, um ou outro tenta o caminho alternativo, maldita vida saudvel.
Café já não faz efeito, mas agora não dá mais para pensar em café, a soluação aqui é continuar. O resultado não importa muito, de qualquer forma, terá que prosseguir. Tá certo que um bom resultado seria favoravel, mas para que alimentar esperanças? Essa coisa não ajuda ninguém a fazer coisa alguma.É só uma coisa que disseram que existe.
Outra movimentação do relógio, outro barulho irritante, mais passos. Agora passos dentro da sala. Ele pega a caneta na filheira, assina o papel, e ao som dos próprios passos deposita o papel na mesa.
O outro levanta os olhos, varre cada centímetro de seu provavel interlocutor e lhe diz:
- Para que você fez a prova?! Seu semestre já está perdido.
Com o mesmo olhar de despreso, ele se dirige pro elevador que agora vive vazio. Maldita vida saudavel, pensa enquanto acende o cigarro.
Maldita Vida Saudável!
Postado por
Maíra Dutra
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